A Rede 21, anteriormente conhecida como Canal 21, é uma rede de televisão
brasileira com sede em São Paulo pertencente ao Grupo Bandeirantes de
Comunicação. No início, o canal era uma saída para não "jogar fora"
programas que já não eram mais exibidos pela Rede Bandeirantes.
História
Canal 21 (1996-1999)
A Rede 21 foi fundada em 21 de outubro de 1996 como Canal 21, inicialmente
transmitindo apenas para Grande São Paulo e tendo uma programação
especializada na capital paulista.
A primeira imagem a ir ao ar foi a de um bombeiro escalando a torre da
própria TV, na Avenida Doutor Arnaldo. Na mão, ele levava uma faixa, com o
símbolo do Canal 21, oval, em vermelho e branco. Ao chegar no topo, a faixa
foi aberta, tremulando ao vento (em boa parte feito pelo helicóptero que
carregava a câmera).
Logo depois começou o primeiro programa: Jornal Meio-Dia, com José Nello
Marques e Silvânia Alves, com uma hora de duração. Links, câmeras do
trânsito, uma inovação na época, e reportagens rápidas, em plano sequência,
de serviços. Logo depois entrava no ar o Jogo Aberto, programa de esportes,
com Ricardo Capriotti.
A tarde era preenchida por videoclips (Top Teen) e séries. Para fechar as
horas cheias, entrava uma imagem de peixes nadando. A idéia foi do Rogério
Brandão, diretor de programação. Era um aquário mesmo, gravado no Oceanarium,
que ficava no Shopping Morumbi.
Às seis da tarde entrava no ar o Jornal São Paulo, com Marco Antonio Sabino
e Luciana Bonafé. Com uma hora de duração, ao vivo, entrevistas de estúdio,
câmeras do trânsito. Depois às oito da noite, entrava um filme. E às dez da
noite, entrava no ar o telejornal de maior tempo de exibição na emissora
(até ela ser repassada à Igreja): Jornal Dez, apresentado por Eduardo
Castro. Tinha meia hora e tinha mais material nacional e internacional,
reutilizando produções do Jornal da Band, na época, apresentado por Paulo
Henrique Amorim.
Havia outros programa na grade, como o Trânsito Livre, das 6 as 8 da manhã,
com Roberto Scaringella e Fernanda Ortiz, bem como o Circular (apresentado
por Maria Cristina Poli, no qual as entrevistas eram realizadas dentro de um
ônibus), e as sessões de filmes e séries que ocupavam a grade do canal.
Rede 21 (2000-2003)
Em 2000, estreou no cenário nacional, através das antenas parabólicas.
No mesmo ano, em julho, ganhou a primeira afiliada: TV Super, no canal 23 de
Belo Horizonte.
Em 2003, tornou-se rede oficialmente com a afiliação da TV Brasília, canal
6, que deixava de retransmitir a RedeTV! no Distrito Federal. Antes disso,
duas emissoras (uma em Salvador e outra em Macapá) passaram a transmitir o
sinal do Canal 21. No mesmo ano, em Belo Horizonte, a TV SUR passa ser
afiliada, através do canal 24.
Expansão da Rede 21
Em janeiro de 2004, o Rio de Janeiro passou a receber o sinal pelo canal 54,
saíndo do ar no final de 2005.
Em 2005, a emissora veiculava para a rede apenas cinco horas de programação,
das 19h à meia-noite, mas continuava com uma boa qualidade. A maior parte da
grade era formada por seriados americanos e animes. Da 0h até as 19h, a tela
é invadida por informerciais e programas religiosos (esse é o caso de São
Paulo). Em Brasília, esses programas não vão no ar; no período dos
informeciais, a TV Brasília coloca programas locais). O espaço desses
programas na grade do canal já foi menor.
Crise
A Rede 21 já esteve presente em 14 capitais em 2004 e diversos outros locais,
mas, ao longo do ano seguinte, perdeu muitas afiliadas e retransmissoras em
várias capitais brasileiras. O Sistema TV Paulista que garantia a boa
cobertura por possuir diversas retransmissoras espalhadas em diversos locais
passa a retransmitir o sinal da recém montada TV Aparecida.
No fim de 2005, a grade, que tinha apenas 5 horas, seria reduzida ainda mais.
Lilian Witte Fibe foi demitida (ela apresentava o Jornal 10 da emissora), o
programa Blog 21 acabou (e seus apresentadores, Felipe Xavier, Marcelo
Markss, Xis e Paola Bragança saíram do canal também). Entre os
apresentadores demitidos se encontram também, Mariana Weickert, Soninha,
Marcelo Tas, entre vários.
Além disso, o canal da Band terminou o contrato que permitia exibir os
programas Top of the Pops, Seinfeld, Absolutely Fabulous, That '70s Show,
Will and Grace, Sex and the City, A Feiticeira, Jeannie é um Gênio, entre
várias séries. Cancelou o programa Doc 21 e os planos do Top of the Pops
Brasil, que estrearia em breve, e rompeu contratos com Larry King.
No início de 2006, a Rede 21 viu como saída exibir os programas da Gamecorp,
que até então os exibia na MIX TV.
Início da PlayTV
Após permanecer no ar por quase dez anos, a Rede 21 foi extinta e passou a
se chamar PlayTV em 5 de junho de 2006. O canal passou a transmitir
programas da Gamecorp na faixa das 17h às 22h, enquanto o horário restante
seria administrado pela Bandeirantes.
Ao contrário do que diziam, a PlayTV continuou sendo do Grupo Bandeirantes.
A Gamecorp apenas fazia programas para a emissora. Sem contar que, desde
2003, a Band tenta registrar a marca PlayTV para um novo canal jovem. Mas a
Rede 21 entrou em crise, e só com a parceria da Gamecorp isso foi possível.
Porém, a associação do Grupo Bandeirantes com a empresa Gamecorp, provocou
várias denúncias pela imprensa, pois o presidente da empresa, conhecido como
Lulinha, é o filho do ex-Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Volta da Rede 21
A parceria que deveria ser de dez anos, começa ser desfeita com o fim dos
programas da PlayTV no início de 2008, pois o Grupo Bandeirantes não ficou
satisfeito com o novo canal e decidiu quebrar o contrato com a parceira.
Desta maneira, ficou como certo o fim da PlayTV e a volta da Rede 21.
No dia 7 de julho, a Rede 21 voltou ao ar depois da não renovação do
contrato entre o Grupo Bandeirantes e a Gamecorp, sem prévio aviso nem aos
telespectadores e a imprensa[4] quando houve quebra de contrato, que tem
como donos o Grupo Oi (Ex-Telemar) e Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
Desta vez, a Rede 21 trouxe o programa Território Livre, que foi apresentado
por Jackeline Petkovic e Maurício Mendes, que era apresentado de segunda a
sexta às 22h30.
Parceria com a Igreja Mundial do Poder de Deus
Em 1º de agosto de 2008, menos de um mês depois do fim da parceria com a
Gamecorp, o Grupo Bandeirantes fechou novo contrato com outro grupo. Desta
vez com a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) por 5 anos (2008-2013), que
ocupava a Rede 21 desde 7 de julho, às 7 horas na programação da emissora
(das 3 até 10 horas), para ocupar a programação de 22 horas (meia-noite até
22h) e o restante produzida pela emissora apenas ao jornalismo, previsto a
acontecer em 10 dias.
No dia 10 de agosto, dez dias depois do acordo, a emissora passa a exibir 22
horas da IMPD, substituindo diversos programas da emissora e independentes.
A nova programação da emissora é desenvolvida pelo pastor Ronaldo Didini
(ex-Igreja Universal do Reino de Deus), gestor do canal através da
retransmissão da TV Igreja Mundial.
Rede 21 (Desde 2008)
Em outubro, o telejornal Jornal Dez é extinto e lugar entra o Doc. 21. O
novo telejornal não tem apresentadores, exibindo matérias que foram exibidas
pela TV paga Band News e nem mesmo a inexistência dos geradores de
caracteres (aquelas que são veiculadas em matérias jornalistas que
identificam os nomes das pessoas que estão sendo entrevistadas ou falando),
só apenas a logomarca do 21.
Em 13 de novembro, o Superior Tribunal de Justiça anuncia que não vai
examinar, por perda de prazo, o recurso especial por meio do qual a Rede 21
pretendia modificar a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que negou
o pedido de indenização contra a Editora Abril e três jornalistas (Diogo
Mainardi, Alexandra Oltramari e Julio César de Barros), em razão das
matérias publicadas pela revista Veja em 2006 envolvendo o canal de TV e
Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente da República (Lula) e
acionista da Gamecorp.
A IMPD inaugurou no dia 19 de novembro um parque de estúdios apelidado de
Cidade Mundial.
Em dezembro, o Doc. 21 passa a ocupar às duas horas da programação
(22-24hs), após saída de programas independentes. O Doc. 21, porém, foi em
suas duas horas de duração preenchido por intervalos comerciais cujos
anunciantes são os mesmos que antes ocupavam a grade de infomeciais
(22:30h-23h). A soma dos intervalos resulta no tempo de 50 minutos, baixando
para pouco mais de uma hora a programação própria da Rede 21.
Em julho de 2009, a Rede 21 passa a transmitir a Fórmula Indy, de 2 em 2
semanas. A emissora entra em cadeia com o BandSports um domingo sim o outro
não.
Em setembro, o Doc. 21 é substituído de horário. A IMPD passa a ocupar o
horário das 22 às 24h, o Doc. 21 passa à ser apresentado das 8h30 às 9h,
12h30 ás 13h e das 1h ás 1h15 , sem intervalos. A Fórmula Indy deixa de ser
exibida pelo canal, coincidindo com o fim da temporada 2009, não sendo
transmitido em 2010, uma vez que a Band transmitiu a temporada completa.
Em 20 de setembro, a TV Piauí (em Teresina, Piauí) deixa de transmitir a
RedeTV! e afilia-se a Rede 21.
Em 5 de dezembro, a Rede 21 volta em Belo Horizonte (através do Canal 29)
depois de 5 anos, quando o contrato com a TV SUR (no canal 24) acabou e a
emissora não renovou. No mesmo mês, a emissora volta em Fortaleza (através
do Canal 54), depois de 6 anos que o canal exibia a programação da RIT.
Controvérsias
Caso Luciana Bonafé
Em 3 de dezembro de 2004, a Rádio e Televisão Bandeirantes Ltda e a Rede 21
de Comunicações Ltda foram condenadas pela Justiça a indenizarem ex-apresentadora
de telejornal do Canal 21, a jornalista Luciana Bonafé. A decisão é da 1ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). A
jornalista pedia R$ 1,00 (valor simbólico) para reparar dano moral sofrido,
mas a Justiça estipulou o valor de R$ 25 mil, que será revertido em favor do
Hospital do Câncer de São Paulo.
A então apresentadora da emissora teve câncer de mama e em virtude da doença,
precisou se submeter a mastectomia e tratamento quimioterápico. O tratamento
provocou total queda de cabelos. Mesmo assim, não se afastou do trabalho e
propôs à sua chefia que permanecesse na apresentação no telejornal. Em
seguida, ela se surpreendeu com a resposta dada em nota escrita pela direção
da emissora sobre a própria saúde: “a novela ‘Laços de Família’ acabou. A
personagem morreu. O Canal 21 não se presta a experiências”.
Por causa disso, Luciana deixou a emissora e entrou processo contra o Grupo
Bandeirantes por danos morais.
Parceria com a Gamecorp
Em 2006, após permanecer no ar por quase dez anos, a Rede 21 foi extinta e
passou a se chamar PlayTV em 5 de junho, depois da crise da emissora, o que
levou o Grupo Bandeirantes fazer parceria com a Gamecorp.
Ao contrário do que publicava a imprensa da época, a PlayTV continuou sendo
do Grupo Bandeirantes, pois o canal passou a transmitir programas da
Gamecorp na faixa das 17h às 22h, enquanto o horário restante seria
administrado pela Bandeirantes.
Porém, a associação do Grupo Bandeirantes com a empresa Gamecorp, provocou
várias denúncias pela imprensa, pois o presidente da empresa, conhecido como
Lulinha, é o filho do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Alugamento da Rede 21 para Igreja Mundial do Poder de Deus
Desde que o Grupo Bandeirantes de Comunicação (GBC) alugou 22 horas da Rede
21 para a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) em agosto de 2008, surgiram
diversas críticas em setores da sociedade e da imprensa sobre os motivos
para o alugamento de horários, principalmente em sites da internet.
O GBC e os bispos da igreja se defendem. Na versão do primeiro, foi a única
solução para o canal depois do fracrasso da parceria com a Gamecorp e que o
alugamento levaria a igreja ser conhecida por todo o Brasil. Na versão dos
bispos e responsáveis da IMPD, os horários foram alugados para divulgar as
pregações dos pastores da mesma igreja em São Paulo, bem como também de
diversos lugares do Brasil onde as imagens da igreja chega.
Há várias versões sobre a escolha dos críticos mais radicais da parceria (ou
alugamento) entre o Grupo Bandeirantes e a Igreja Mundial do Poder de Deus:
A parceria e/ou alugamento tem finalidade de reerguer a Rede 21 e o GBC, que
amargou prejuízos financeiros e queda de audiência da Rede Bandeirantes de
Televisão (Band) desde a década passada (anos 90).
Ao acabar a parceria com a Gamecorp, o Grupo Bandeirantes procurou líderes
da IMPD com uma proposta: receber um pagamento mensal em troca da
transmissão dos cultos. Segundo fontes da própria igreja e do grupo, o
alugamento é de R$ 400.000,00 por mês, uns dos mais altos da televisão
brasileira.
Ao iniciar as transmissões dos cultos da igreja através do canal 21 de São
Paulo, a emissora está cometendo uma irregularidade: pela lei das
telecomunicações brasileiras de 1963, os informeciais e os merchandising,
entre outros programas de uma produção independente paga exibir em uma
emissora de rede ou local, devem obedecer 25% do horário (ou seja 6 horas
por dia). Caso ultrapasse isso, as emissoras serão multadas e, se insistir
com a irregularidade, terão as concessões cassadas.
A audiência desses programas é baixíssimo: não ultrapassam 1 ponto de
audiência.
Futuro incerto e possível fim da Rede 21
Atualmente, existe um projeto de lei no Congresso que estabelece a venda de
horários à igreja como informercial e que a fiscalização vai obrigar que
qualquer emissora não deve ultrapassar o limite de 6 horas diárias de
programação (25%) com informerciais - ou seja, ter que produzir 18 horas de
programação própria.
Idealizador do projeto, o Ministério das Comunicações tem a seguinte
proposta: cada canal ter uma programação diferenciada, com mais programas,
notícias e informação. Para atingir a meta de tempo de programação própria,
a emissora pode fazer uso de anime e mangá, que entram na grade de
programação sempre que ocorre uma alteração na Rede 21 (como em anos
anteriores). Por enquanto, alguns títulos que o Grupo Bandeirantes de
Comunicação possui, como Monster Rancher, podem ser dados como certos na
exibição e seguir, assim, com reprises e mais reprises.
A pensar que investir na Rede 21 pelo GBC é tido como "perda de tempo", já
que tentativas como essas já foram tentadas em anos anteriores e não deram
certo, não está descartada a retirada do ar do canal por perda de concessão
do grupo que o controla.
Programas Exibidos na Rede 21
Telejornal
Doc. 21
Infomercial
Igreja Mundial
Afiliadas e Retransmissoras
Antigas emissoras e afiliadas
* A Rede 21 teve retrasmissoras no Rio de Janeiro (Canal 54 UHF), Belo
Horizonte (Canal 24 UHF), Vitória (Canal 13 VHF) e Porto Alegre (Canal 40
UHF).
TV Brasília (Brasília/DF) - canal 6 (hoje afiliada à RedeTV!): 2003 - 2008
* A retransmissora da Rede 21 no Rio de Janeiro, que pertencia à Band, foi
arrendada para TV * Aparecida até o final de 2007. Desde janeiro de 2008, a
emissora passou a trasmitir a programação da RIT, pertencente ao R.R. Soares.
Porto Alegre e Belo Horizonte passaram a trasmitir a MIX TV.
* A afiliada de Macapá se afiliou a Rede Gazeta até meados de 2007, quando o
canal foi extinto e se tornou TV Mani que passou a transmitir a TV Diário
mas voltou a Rede 21 mas foi definitivamente extinto dando origem a MTV
Macapá.
* TV Marajoara Anadindeua PA - canal 50 (hoje afiliada à Rede Brasil de
Televisão): 2003 - 2008
* TV Mundial, Cuiabá MT canal 27 (hoje afiliada à Rede Brasil de Televisão):
2004 - 2009
* A TV Olinda, afiliada da TV Aparecida.
* A TV Transamérica se tornou emissora independente.
* A TV Brasil Oeste, à época conhecida como Band Cuiabá, e que garantia a
cobertura pelo interior e capital de Mato Grosso, deixou de existir com a
afiliação da TV Cidade Verde à Bandeirantes e a venda para o Grupo Cidade
Verde de Comunicação. A emissora adotou o nome TV Médio Norte[carece de
fontes] e transmite além da programação nacional da Rede 21, programas
locais de 2 horas por dia.
Fonte
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WEB do REDE 21 (CANAL 21) :
www.rede21.com.br/
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