El Chavo del Ocho (no Brasil: Chaves), mais conhecido como El Chavo, é uma
série de televisão humorística mexicana criada e estrelada por Roberto Gómez
Bolaños, exibida originalmente entre 20 de junho de 1970 e janeiro de 1980.
O enredo gira em torno das aventuras e atribulações de Chaves, um órfão
humilde que mora dentro de um barril, e dos outros moradores de uma vila
suburbana fictícia.
A série tem suas origens em 20 de junho de 1971, onde apareceu como um
esquete do Programa Chespirito, produzido pela Televisión Independiente de
México e transmitido no canal 8 do México. Em 1972, o canal transforma-se na
Televisa e El Chavo se tornou uma série semanal com duração de meia hora. O
programa foi cancelado em 1980, mas ainda foram produzidos curtas para o
programa Chespirito até 1992.
No seu auge de popularidade durante meados da década de 1970, El Chavo,
tendo 350 milhões de telespectadores em todo o mundo, foi o show mais
assistido da televisão mexicana. A frequente ocorrência de expressões
idiomáticas mexicanas tornou El Chavo muito difícil de traduzir para outras
línguas, exceto para o português, que é muito similar ao espanhol. A
música-tema da série foi "The Elephant Never Forgets", versão lúdica da As
Ruínas de Atenas, de Beethoven, composta em 1967 por Jean-Jacques Perrey e
Gershon Kingsley, que são pioneiros no campo da música eletrônica. No
Brasil, a música-tema é a canção "Aí vem o Chaves".
El Chavo alcançou grandes índices de popularidade em toda a América
Hispânica, bem como na Espanha, Brasil, Estados Unidos, entre outros países.
No Brasil, a série ainda é muito popular e tem desenvolvido um grande
seguimento cult pela Geração Y.[1] É exibida pelo SBT desde 1984, e começou
a ser exibida pelo Cartoon Network desde novembro de 2010.
Em 2011, o programa completa 40 anos ininterruptos de exibição na televisão.
Sinopse
A série conta a história de um garoto órfão e muito humilde, que é conhecido
simplesmente como "El Chavo" (no Brasil, "Chaves"). O garoto vive na
periferia de uma grande cidade, e seu "esconderijo" é um barril localizado
no pátio principal da vila de classe média baixa onde reside. Lá, ele deve
conviver com os particulares moradores e vizinhos, com os quais sempre está
envolvido em divertidas situações. A sitcom tem crítica social e mostra em
forma de comédia a convivência com os vizinhos, satirizando atitudes dos
seres-humanos com piadas rápidas e inteligentes durante cada episódio.
Segundo o criador, produtor e intérprete da série (Roberto Gómez Bolaños),
no livro O Diário do Chaves (lançado em 2006), o garoto havia fugido de um
orfanato do qual a mãe o havia deixado bem pequeno, já que lá não se sentia
feliz. Foi então que encontrou uma "vila", e uma senhora sozinha, muito
idosa, o abrigou no apartamento número 8, junto a ela. Mas logo ela faleceu
e Chaves teve que ser despejado, passando a viver então dentro do Barril.
Mas para todos, continuava dizendo que morava no apartamento 8. Somente com
o lançamento desse livro foi revelado este "enígma" da série.
Chespirito
A partir de 1980, "Chespirito" foi ao ar novamente, com Chaves, Chapolin e
algumas reformas. A estréia de Chaves neste novo programa teve riqueza em
novos episódios produzidos. Além disso, em 1981, Valdés voltou para o
elenco, depois de estrelar em alguns programas ao lado de Villagrán. No
entanto, ele deixou novamente no final do ano.
No final dos anos 1980 e início de 1990, o número de novos episódios
começaram a diminuir, e uma vez mais, muitos dos primeiros episódios foram
refeitos. Além disso, como Chespirito envelhecia, ele deixou de ser
considerado apto para desempenhar o papel de um garoto de 8 anos de idade.
Como resultado, a produção de Chaves foi interrompida em 1992, três anos
antes do cancelamento de "Chespirito".
Influência
Detentora do recorde de tempo no ar desde a sua criação, que soma mais de
três décadas, é reprisada exaustivamente em vários canais da América Latina
e conta com uma legião fiel de fãs que, graças ao caráter familiar do
seriado, vão do tele-espectador médio, que se diverte só com as cenas de
queda e bolo na cara, à audiência cult, apreciadora dos diálogos e que
cresceu assistindo ao programa. Um dos traços mais marcantes na série
inteira é o fato dos personagens, incluindo os infantis, serem representados
por adultos.
No Brasil
No Brasil, a história do seriado começa com o nascimento da TVS, atual
Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), emissora cujo proprietário é Sílvio
Santos. Sem muitos recursos na época para preencher a grade de horários,
Sílvio optou pela parceria com o canal mexicano Televisa. Importar atrações
como telenovelas, séries e filmes da emissora era barato e trazia bons
resultados. Foram trazidos muitas novelas da Televisa que foram dubladas
pela Maga, em parceria com o SBT. Todas foram dubladas, e o seriado El Chavo
del Ocho (mais tarde intitulado Chaves), até então desconhecido, veio junto,
num lote de aproximadamente oitenta episódios, que foram dublados e
apresentados a Sílvio Santos. A atração tinha reprovação dos homens de
confiança de Sílvio. Contudo, ele contrariou sua equipe e exibiu o seriado
como teste no programa do palhaço Bozo, em 1984, alternando com o seriado El
Chapulín Colorado (Chapolin Colorado). A série se tornou um sucesso, tendo
por vezes a maior audiência do SBT segundo o IBOPE, conseguindo vencer por
várias vezes a Rede Globo. A partir de 1988 começou a ser exibido em horário
nobre. Seu maior índice de audiência foi alcançado em 1990, atingindo 36
pontos.
A partir de 2006, as emissoras de televisão Ulbra TV e TV Litoral tembém
começaram a exibir as séries, o que causou uma enorme polêmica entre os fãs.
A primeira é que o contrato com a Televisa dava o direito a só uma emissora
exibir o seriado, e o SBT estava transmitindo. Outra polêmica é a da
dublagem, pois se ultilizou a dublagem dos DVDs do seriado lançado pela
Amazonas Filmes, o que gera reprodução de material gravado sem devida
autorização e créditos.
Em novembro de 2010 Chaves passou a ser exibido, também, no canal Cartoon
Network, se tornando o primeiro canal de televisão por assinatura a exibir o
seriado. A dublagem original (a mesma ultilizada pelo SBT) foi mantida,
passando-se a exibir as aberturas e os créditos originais, bem como as
esquetes que acompanhavam o programa. Também foram exibidos episódios até
então inéditos, tais como, "Jogando bola","O Radinho de Quico" e "As
apostas". Alguns dizem que o episódio "A Pichorra" não foi exibido no SBT,
mas foi encontrado no Youtube este episódio com GC (gerador de caracteres)
do SBT na tela. Então ainda existem dúvidas quanto aos tais episódios
perdidos de Chaves.
Disputas judiciais
Chespirito estabeleceu batalhas legais com os antigos atores de Chaves para
evitar que usem os personagens do programa sem o seu consentimento. Essa é
uma das razões pelas quais Villagrán utiliza o nome "Kiko", já que
Chespirito tem direitos autorais apenas por "Quico". Também já usou o nome
de Frederico, em um seriado solo.
Em 2002, Bolaños tentou mover uma ação judicial contra a atriz María
Antonieta de las Nieves, pedindo o cancelamento da licença que a atriz tinha
para fazer uso da imagem da personagem Chiquinha. A atriz, após o fim do
programa, ainda encarnava a personagem no circo e no teatro. Quando a atriz
recebeu a ação das mãos do oficial de Justiça, tomou um susto tão grande que
teve um princípio de infarto e foi internada às pressas.
Depois que teve alta, María Antonieta entrou com um recurso e ganhou a
causa, e continua fazendo uso da imagem de sua personagem. No entanto, esse
incidente acabou afetando sua relação com Bolaños, pois ela nunca o perdoou
por isso, e nunca mais os dois se falaram. Isso explica a ausência da
personagem Chiquinha (Chilindrina) na versão animada do seriado.
Produção
Elenco e personagens
Roberto Gómez Bolaños como Chaves
Carlos Villagrán como Quico
María Antonieta de las Nieves como Chiquinha e Dona Neves
Ramón Valdés como Seu Madruga
Florinda Meza como Dona Florinda/Pópis
Edgar Vivar como Senhor Barriga/Nhonho
Rubén Aguirre como Professor Girafales
Angelines Fernández como Dona Clotilde (Bruxa do 71)
Raúl "Chato" Padilla como Jaiminho
Rosita Bouchot, Ana Lilian de la Macorra, Verónica Fernández como Paty
Horacio Gómez Bolaños como Godinez
Olivia Leiva, Regina Torné, Maribel Fernández como Glória
José Luis Amaro como Policial
Abraham Stavans como Freguês do Restaurante
Ricardo de Pascual como Seu Furtado/Garçom do Restaurante/Carequinha que
compra a vila
María Luisa Alcalá como Malicha
Marta Zabaleta como Elizabeth
Ángel Roldan como Cândida
Janet Arceo como Dona Edwiges
Germán Robles como Seu Madróga
Pablo Rodríguez como Higino
Angélica María como Iara
Lista de episódios
Foram, ao todo, 283 aproximadamente episódios da série independente, e 420,
incluindo as inserções em "Chespirito". Episódios inéditos foram ao ar de
1970 até 1992.
Cenários
As gravações eram feitas em estúdio, em geral retratando os pátios da vila e
o interior das residências dos personagens.
Curiosidades
O nome original de Chaves em espanhol é "El Chavo". A palavra "chavo" é uma
gíria que, no México, significa "menino", "garoto" ou "moleque". Também pode
ser usada no feminino, como "chava", para se referir a uma menina. Mas como
no Brasil esse termo não existia, e o nome "Chavo" soaria estranho na
dublagem em português, o personagem ganhou o nome de "Chaves" na dublagem
brasileira, por ser um sobrenome bastante comum. Na série original os
moradores da vila sempre chamam o Chaves de "el Chavo" e nunca dizem o
verdadeiro nome. Por isso, em várias cenas, quando alguém pergunta qual é o
nome do Chaves, a resposta dele sempre é interrompida por outra pessoa que
aparece falando ao mesmo tempo. Na dublagem em português, essas cenas perdem
um pouco do sentido, devido à existência do nome do Chaves. Na canção "Que
Bonita Vecindad" (mais tarde traduzida como "Que Bonita Sua Roupa") tem um
verso em que o Chaves faz suspense quando vai dizer o seu nome, mas acaba
não dizendo: "Mi nombre es… el Chavo / Toda mi ropa es un autentico
remiendo". O verso foi adaptado como "Eu sou o famoso Chaves / Todos dizem
que minha roupa é remendada".
O seriado também foi dublado em italiano, sob o nome "Il Cecco della Botte"
(literalmente, "O Chaves do Barril"). O nome das personagens eram: Cecco (Chaves),
Chicco (Quico), Signore Bartolomeo (Seu Madruga), Florinda (Dona Florinda),
Chiquirita (Chiquinha), Prof. Cacciapalle (Professor Girafales), Signor
Baciccia (Seu Barriga) e La Strega del 71 (Bruxa do 71).
Um dos principais fatores do sucesso de "Chaves" e "Chapolin" no Brasil, foi
a dublagem feita pelo estúdio Maga. As vozes dos atores escolhidos para
dublar os personagens foram bem elogiadas, já que é comum a perda de um
pouco da comidicidade original durante este processo.
Em 1991, a Editora Globo publicou mais de 56 gibis do Chaves. Porém, alguns
personagens apareceram diferentes: Nhonho ficou loiro (no seriado o cabelo
era preto), a roupa de Dona Clotilde ficou roxa em vez de azul, e o terno
preto do Quico passou a ser azul. Pópis, por sua vez, parece ser confundida
com Patty. Apesar de no gibi a sobrinha de Glória ter características da
sobrinha de Dona Florinda (como o vestido rosa, a boneca Serafina e o seu
próprio nome), Pópis tinha o cabelo parecido com o de Patty no seriado (porém
loiro). Assim como Paty no seriado, Pópis nos gibis chamava muito pela tia
quando era incomodada, em vez de dizer "Conta tudo pra sua mãe". Também nos
gibis, tanto o Chaves quanto o Quico se mostravam apaixonados por ela em
algumas histórias.
No episódio "A Casa da Bruxa do 71", durante o sonho de Chaves, Quico e
Chiquinha, Satanás é um gato ao invés de um cachorro.
O carro de Seu Barriga, que aparece em alguns episódios, é uma Volkswagen
Brasília, modelo de fabricação brasileira mas que também foi fabricado no
México.
No episódio "Vamos ao cinema?", uma das frases mais clássicas do seriado é
dita por Chaves: "Seria melhor ter ido ver o Pelé". No original, o filme que
vão assistir é El Chanfle, estrelado pelo elenco do seriado e que fala
justamente de futebol.
Em 1978, foram rodados os últimos episódios em que o Quico aparece. O último
episódio que Carlos Villagrán gravou como Quico foi "Aula de primeiros
socorros". A saga de Acapulco, gravada em 1977, só foi exibida em 1979. Os
episódios de Acapulco foram os últimos episódios exibidos no México, com a
presença do Quico. Com a canção "Boa Noite Vizinhança", tocada no último
episódio de Acapulco, Quico se despediu da série. A canção não é uma espécie
de homenagem de Chespirito a Villagrán, ao contrário do que muitos pensam.
Tangamandápio, o local onde o carteiro Jaiminho nasceu, existe de verdade e
é uma pequena cidade mexicana localizada no noroeste do estado de Michoacán.
Seu Madruga, apesar de estar sempre desempregado, já desempenhou as mais
diferentes profissões: vendedor de churros, vendedor de balões, entregador
de lenha, treinador de futebol americano, fotógrafo, carpinteiro, leiteiro,
professor, pintor, sapateiro, barbeiro, mecânico, lutador de boxe, vendedor
de artigos usados ("velho do saco"), empresário artístico, jornaleiro,
cabeleireiro e mestre de obras.
No episódio "Seu Madruga Leiteiro", Quico brinca com uma nave de astronauta
que Chaves a confunde com uma garrafa de leite. Trata-se de um brinquedo da
nave soviética Vostok I, tripulada por Yuri Gagarin, primeiro homem a ir ao
espaço, em 1961.
No começo da série, Roberto Gomez Bolaños teve que economizar dinheiro para
montar o cenário, pois a Televisa não bancava nada. Por isso o cenário era
todo feito de papelão e isopor.
Em um episódio, Seu Madruga faz referência a uma convenção de bruxas na
cidade colombiana de Bogotá, perguntando se a Dona Clotilde não havia
voltado de lá. Esta convenção existiu realmente: ocorreu em 1977. A
escritora brasileira Clarice Lispector participou do evento como convidada.
O ex-jogador Hugo Sánchez (maior ídolo do futebol mexicano) foi apelidado
pela torcida de "El Chavo Del 9", em referência a série de TV. Sánchez
participou das copas de 1978 na Argentina, de 1986 no México e de 1994, nos
Estados Unidos.
Chaves mora no apartamento nº 8. Mora de favor, pois Seu Barriga não cobra
aluguel para o menino não morar na rua e nem no barril. O nome da série,
porém, nada tem a ver com o apartamento de Chaves, e sim pelo fato de a
série ser exibida no canal 8 de televisão do México. Ainda assim, o fato
passou para a série na forma do número do apartamento de Chaves.
O personagem Héctor Bonilla é representado por ele mesmo. Ele é um ator
mexicano, de grande prestígio e sucesso por lá. Apareceu na vila no episódio
"Um Astro Cai Na Vila", em que todas as mulheres (Chiquinha, Dona Clotilde e
até Dona Florinda) ficaram encantadas por ele. O episódio tem duas partes,
mas a primeira jamais foi exibida no Brasil.
Quanto à passagem para o segundo pátio, situada entre as casas da Dona
Clotilde e do Seu Madruga, há duas diferenças. Em alguns episódios (como "O
Belo Adormecido"), quando a câmera direciona o outro pátio, a passagem é
direta. Em outros (como "A Galinha da Vizinha é Mais Gorda do Que a Minha"),
há a janela do quarto da Chiquinha, fazendo com que os personagens andassem
mais para chegar a este pátio.
No episódio Vamos ao Cinema, Dona Florinda diz que o Quico vai morar com a
madrinha rica dele. Este foi um episódio em que Carlos Villagrán estava
afastado da série.
O episódio em que Chiquinha vai visitar as tias em Presidente Prudente foi
improvisado pela produção. Boatos da época diziam que a atriz María
Antonieta de las Nieves ficou grávida e precisou se ausentar das gravações.
Em 1988, Ramón Valdés morreu. Entretanto, ao contrário do que muitos
acreditam, esta não foi a causa da saída de Seu Madruga da série. Ele saiu
em 1979 e voltou no Programa Chespirito em 1981, fazendo poucos episódios
antes de sua saída definitiva. Uns dizem que o motivo da saída de Seu
Madruga foram problemas de saúde. Outros alegam que ele seguiu Carlos
Villagrán, participando do programa "Ah, que Kiko!". Em resposta à saída de
Ramón, Bolaños deu mais notoriedade a personagens secundários como: Dona
Neves (convertida em personagem permanente para tapar a lacuna deixada por
Quico e Seu Madruga, interpretada por Maria Antonieta), Jaiminho (criado
para o mesmo propósito), Nhonho (interpretado por Edgar Vivar, o mesmo
intérprete do Seu Barriga) e Pópis (Interpretada por Florinda Meza).
Um dos maiores erros da numeração das casas da vila foi a inversão de
números. Normalmente, os números das casas são: 14 (Dona Florinda), 71 (Dona
Clotilde) e 72 (Seu Madruga). Em alguns episódios, como "O Dia de São
Valentim" e "Vamos Ao Cinema?", o número da casa de Dona Florinda era 24, e
em outros episódios chegou a ser 42. Quanto à Dona Clotilde, o número de sua
casa já foi 73 e também 14 (apenas por uma cena). Finalmente, a casa de Seu
Madruga chegou a ter o número 14, no episódio que o Chaves foi mordido por
um cachorro. Em um episódio, era o primeiro da série, Seu Madruga morava no
14. Nessa época, Quico já teria se despedido do seriado.
Os atores Florinda Meza, María Antonieta de Las Nieves, Edgar Vivar, Ricardo
de Pascual e Abraham Stavans ganharam personagens duplos no seriado. María
Antonieta interpretou Chiquinha e Dona Neves. Florinda interpretou Dona
Florinda e Pópis. Edgar interpretou Seu Barriga e Nhonho. Ricardo
interpretou Senhor Furtado e Senhor Carequinha/Senhor Calvillo e o Garçom do
Restaurante, e Abraham Stavans interpretou o Freguês do Restaurante e o Dono
do Parque. Nota: Ricardo de Pascual e Abraham Stavans não precisavam fazer
trabalhos duplicados como María Antonieta, Florinda e Edgar.
Uma das versões da Patty, que rivaliza com Chiquinha, foi vivida por
Veronica Fernandez, filha de María Antonieta de las Nieves foi num episódio
especial do programa Chespirito de 80minutos de 1987. A versão mais
conhecida no Brasil da Paty foi vivida por Ana Lilian de La Macorra.
Com a "partida" de Seu Madruga, Dona Florinda passou a ser uma mulher mais
calma. Quando estava irritada, ela descontava nas crianças da vila.
Os episódios da Cruz Vermelha, do Quico doente, da chegada de Dona Neves e
do protesto tiveram os menores elencos: 4 atores.
O último episódio do restaurante, foi gravado em 1990. Da vila em 1991.
Na vila do Chaves, de todos os apartamentos da vila, o que foi mais ocupado
era o apartamento 23, na escada. Primeiro, ocupado por Glória e Paty, que o
deixaram por motivos desconhecidos. Em segundo lugar, por Dona Edwiges, a "louca
da escada", que se mudou também por razões desconhecidas. Depois disso,
Glória e Paty retornam aquela casa no alto das escadas (mas elas já eram
outras). Depois elas foram embora. Finalmente,quando o seriado era uma
esquete, foi ocupado por Jaiminho, o Carteiro, que ficou como inquilino
permanente até o fim da esquete em 1992. O apartamento de Glória e Paty
também teve o número 24.
Quico tem duas formas diferentes de escrita de seu nome (o nome verdadeiro
do personagem é Frederico, o mesmo de seu pai). No episódio da venda de
refrescos, seu quiosque tinha o nome "Super de Quico". No episódio "O
Vendedor de Balões", Chiquinha diz a Chaves que seu pai tem um grande
cliente chamado "K" "I" "K" "O".
O nome do Professor Girafales também tem outra forma de escrita: pode ser
escrito com J (Jirafales). No episódio "Bilhetes Trocados", o nome é grafado
com J, no bilhete.
Carlos Villagrán também interpretou Frederico, o pai de Quico. No episódio
"O Despejo do Seu Madruga", em que Dona Florinda olha as fotografias,
acontece um flashback em que Frederico se despede de Florinda. Percebe-se
que Quico herdou os mesmos trejeitos do pai, inclusive o "cale-se, cale-se,
cale-se, você me deixa louco!".
Com a saída da Chiquinha em 1973/1974, o Quico ganhou muito destaque. Nos
fins do anos 1978, quando ele sai, aconteceu o inverso: Chiquinha passou a
ocupar seu destaque.
No episódio O dia das crianças, no início da música, Chaves cita o Mickey
Mouse da Disney. Chaves usa até as suas orelhinhas no clipe. Há também outra
referência ao Mickey no seriado. Em alguns episódios, a bola do Quico tem um
desenho do Mickey.
No seriado, já foram citadas várias celebridades, mas as mais conhecidas são:
Maitê Proença, Xuxa, Pelé, Dom Pedro I, Hector Bonilla (que apareceu em um
episódio), Maradona, Hugo Hoyama (nos DVD's), Luís Pereira,Rodolfo
Rodrigueze Starsky & Hutch(é citado no episódio "O Vale de Um Milhão de
Cruzeiros").
Mesmo levando cascudos do Seu Madruga, Chaves demonstra afeição especial por
ele. Isso faz com que Chaves, carente de uma figura paterna, veja em Seu
Madruga uma forma de corresponder este sentimento. No episódio "O
Aniversário de Seu Madruga", Chaves mostra esta afeição defendendo Seu
Madruga de Chiquinha e Quico, pensando que os dois iriam matar o homem. Ao
final do episódio, o engano é esclarecido: tratava-se de um frango que
Chiquinha queria preparar para o aniversário do pai. Mesmo assim, Chaves
persegue Chiquinha e Quico. Além desse episódio, em um outro, onde o Quico
fazia aniversário e a festa era feita na casa dele mesmo, o Chaves pegava
"escondido" (na verdade, na frente do Quico e Dona Florinda) pedaços de bolo
e os guardava em seu bolso. A princípio se pensa que a comida é para ele,
mas ao final do episódio, ele reparte o que pegou com o Seu Madruga à noite;
ambos jantam juntos, dividindo comida e refrescos na ocasião. E até mesmo
Seu Madruga parece se preocupar com Chaves, como é demonstrado em alguns
episódios, como por exemplo no episódio de "Os Farofeiros", ele mergulha na
picina para resgatar Chaves que parecia não ter saído da água, apesar dele
não correr perigo real.
No episódio "A Catapora da Chiquinha", Seu Barriga diz a Seu Madruga que vai
examinar a Chiquinha, por ter sido médico. Na vida real, o ator Edgar Vivar
era médico, antes de entrar para o seriado.
Apesar de ter seu primeiro episódio exibido somente em 1971, o elenco
começou a trabalhar junto em outros programas em 1969.
Angelines Fernández, Germán Robles e Angélica María (que fez a Iara no
episódio Aula de História) são as únicas que não nasceram no México.
Angelines e Germán são de origem espanhola: ambos nasceram em Madri, na
Espanha. Angélica María nasceu em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Além
disso, Angelines foi a única do elenco que nasceu na Europa, não na América
do Norte.
Quando Seu Madruga saiu da casa de Dona Florinda para vender churros e pediu
para as crianças não gozarem dele, a casa de Dona Florinda se transforma num
fundo preto. Isto acontece devido a inexistência da parede ali. Motivo:
Nunca se viu aquele ângulo em nenhum episódio.
No Chapolin, também há uma personagem chamada Dona Neves, interpretada por
Maria Antonieta de Las Nieves.
Há uma abreviação do nome de Chiquinha. A abreviação é: Chilis, vem de
Chilindrina, nome oficial da personagem em espanhol.
Na série a casa do Seu Madruga tem o número 72 mas no desenho o número da
casa é 10.
No primeiro episódio, a casa da Dona Clotilde tinha o número 5 em vez de 71.
As BGMs (músicas de fundo que tocam durante a série) do seriado são nada
menos que composições famosas de instrumentistas norte-americanos como Pete
Winslow, Tony Hymas e John Charles Fiddy e não estão presentes na versão
original do programa. Quando a série chegou ao Brasil, a Maga (atual
Marshmallow), estúdio onde foi feita a dublagem da série, não recebeu a
trilha original pronta, com as ME's e, em consequencia disso então, utilizou
LPs antigos, até então engavetados, com gravações de vários artistas
norte-americanos. Tal prática foi utilizada também na produção do programa
no México; um dos temas de abertura da série foi The Elephants Never Forget,
de autoria do compositor francês Jean Jacques Perrey.
Nas dublagens mais antigas, Chiquinha é chamada de Francisquinha, que é o
diminutivo do seu nome, Francisca; e Seu Madruga era chamado de "Seu Ramon"
referência a Don Ramon, nome original.
A música tema dos encontros do Professor Girafales e Dona Florinda é,
originalmente, trilha sonora do filme "E o Vento Levou", e se chama "Tema de
Tara".
A cozinha de Seu Madruga é mostrada na parte final do 2ª episódio dos
Espíritos Zombeteiros.
A música tema do Seu Madruga (Don Ramon) na versão brasileira, muito
provavelmente, teve sua melodia inspirada na música Never Say Die, do Black
Sabbath. Lembrando que os temas dos personagens são exclusivos da versão
brasileira e assim como as BGM's, não existem na versão original.
A partir 4 de agosto de 2003, o seriado deixou de ser exibido diariamente
chocando e surpreendendo o Brasil inteiro. Notícias foram divulgadas em
todas as revistas sobre a saída do seriado após 19 anos ininterruptos de
exibição. Chaves voltou à programação no dia 1º de setembro de 2003 após
muitos apelos do Brasil inteiro, e com uma novidade: a volta dos episódios
perdidos com a exibição de "Chifrinhos de Nozes". Até o dia 15 de setembro
de 2003, a série Chaves exibiu em quase todos os dias episódios não
apresentados desde 1992.
Fonte
Comparte este articulo :
/
Compartir en Facebook
WEB do CHAVES :
www.viladochaves.com/
|